segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Entrevistas sobre Problemas Sociais

Marcela Costa, 17, é do 3º ano do ensino médio e estuda no colégio Antônio Vieira. Ela diz que queria fazer alguma coisa para mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor de se viver, mas, para isso, precisa que as outras pessoas pensem do mesmo modo. Nessa entrevista, a garota expõe o que pensa acerca dos problemas sociais.

Camila Cabral – Você concorda com o fato da criança deixar de estudar para trabalhar?

Marcela Costa – Não, pois toda criança deve ter o direito de estudar, para, quando crescer, ser alguém na vida.

Camila – Com que idade você acha que a pessoa deve começar a trabalhar?

Marcela Costa – Com 18 anos, porque a pessoa já é maior de idade e mesmo que esteja estudando, já tem idade suficiente para conciliar o trabalho e os estudos.

Camila – O que você acha da fome?

Marcela Costa - Para mim, é a pior coisa que um ser humano pode sentir.

Camila – O que você acha que o governo deve fazer para amenizar essa situação?

Marcela Costa – Gerar mais empregos para as pessoas poderem se sustentar.
*********************************************************************
Ozilene Marques tem 40 anos, sua profissão é professora, trabalha no colégio Antônio Vieira e adora crianças. Nessa entrevista, ela fala o que pensa sobre os problemas sociais.

Ingrid – Você sabe o que são os problemas sociais? Explique.

Ozilene – Sim, os problemas sociais são reflexos da má distribuição de renda do país e das corrupções constantes na administração dos nossos governantes.

Ingrid – Quais são os principais problemas sociais enfrentados na nossa cidade?

Ozilene – A violência, o desemprego, a falta de moradia, crianças nas sinaleiras, pessoas embaixo dos viadutos, entre outros.

Ingrid – Você acredita que o governo tem contribuído para resolver esses problemas?

Ozilene- Temos que acreditar. A prova disso é que o governo Lula tem tentado diminuir essas desigualdades através de projetos como: Fome zero, Bolsa escola, etc.

Ingrid -
Você pode ajudar a diminuir os problemas sociais? De que forma?

Ozilene – Sim, através de trabalhos sociais em creches, orfanatos, contribuições para a casa de crianças com câncer, criança esperança, entre outros.
********************************************************************
Fabiana Santos, 12 anos, aluna da 7ª série do colégio Antônio Vieira, conversa sobre problemas sociais nessa entrevista.

Íris Lima – Na sua opinião, por que os problemas sociais estão aumentando?

Fabiana Santos – Porque o governo não tem atitude para fazer projetos para essas pessoas que convivem com problemas sociais, como drogas, falta de educação, etc.

Íris Lima –
Para você, qual seria a solução para esses problemas?

Fabiana Santos –
A solução seria o governo aumentar vagas de trabalho, escolas, diminuir impostos, o que ajudaria as pessoas a sair dos crimes, etc.

Íris Lima – Por que os problemas sociais atingem as pessoas menos favorecidas na sociedade?

Fabiana Santos - Porque elas passam por dificuldades e para resolver isso vão optar pelo crime, violência, drogas. Além disso, essas pessoas são expulsas de casa pela família.

Íris Lima – Você convive ou conhece casos de pessoas com problemas sociais?

Fabiana Santos – Não. Se conhecesse tentaria ajudar essas pessoas a sair desse mundo que não é bom, pois há drogas, fome, miséria, crimes, falta de estudo e isso não é bom.
*******************************************************************
Vanessa Maia tem 16 anos é estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Antônio Vieira e dá sua opinião sobre os problemas sociais a partir da entrevista abaixo:

Andressa Maia – O que você acha sobre os problemas sociais?

Vanessa Maia – Eu acho que é um atraso para a humanidade, devido à falta de consciência de muitas pessoas. Essas desigualdades sociais são conseqüências de um sistema injusto chamado capitalismo.

Andressa Maia – Dentre esses problemas, quais os que a deixam mais indignada? Justificativa.

Vanessa Maia – A violência do ser humano e a desonestidade de muitos, principalmente dos governantes isso porque a barbárie cada vez mais eleva-se. Tomemos como exemplo o recente caso de Isabela, morta pelo próprio pai e também a irresponsabilidade do governo brasileiro.

Andressa Maia – Como você acha que os meios de comunicação influenciam nesse contexto?

Vanessa Maia – Na minha opinião, apesar de serem benefícios por deixar as pessoas informadas sobre os acontecimentos, transmitem uma única vertente sobre o fato, com o caráter ideológico hegemoneizador.

Andressa Maia – Qual a sua opinião sobre as crianças que vivem na rua sem moradia e sem escola?

Vanessa Maia – Eu acho esse problema muito grave, porque gera a violência e a marginalidade. Moradia e escola são as bases para a formação de um país melhor e deveria ser um direito de todos.

Entrevistas sobre Preconceito Racial

Georgina Bomfim, 39, advogada, nessa entrevista falará sobre preconceito racial.

1. Priscila – O que você entende por preconceito racial?

Georgina – Preconceito racial, na minha opinião, é um conceito que a pessoa pré-estabelece em relação a outras pessoas de determinadas raças.

2. Priscila – Você acredita que o racismo é algo que deve ser apoiado ou combatido? Por quê?

Georgina – Deve ser combatido, pois essa forma de preconceito só traz desarmonia entre os povos, causando atritos e desequilíbrios sociais.

3. Priscila – Você já se submeteu a alguma situação que envolvesse qualquer tipo de preconceito racial?

Georgina – Já. Certa vez, estive na sede do bloco Afro do Ilê Ayê para tentar adquirir um abadá, a fim de pular os três dias de carnaval, quando o promotor de vendas do bloco recusou o meu ingresso por eu ser da raça branca, me proibindo a venda do abadá.

4. Priscila – Você acredita que um artista branco possa ser melhor do que um artista negro? Por quê?

Georgina – Não, pois ambos, um negro e um branco, podem ter a mesma competência e a mesma beleza.

5. Priscila – Na sua opinião, por que os negros são os que mais sofrem preconceito?

Georgina – Porque eles, durante muito tempo, foram escravizados.

6. Priscila – Você, como advogada, já defendeu alguém que tenha praticado crime de racismo?

Georgina – Não, nunca defendi crimes contra negros.


***********************************************************************

Tânia Almeida tem 42 anos, trabalha como assistente social e, nessa entrevista, falará sobre o preconceito racial.

1. Tiago Almeida – O que é preconceito para você?

Tânia – Quando censuramos algo de alguém, e não aceitamos a forma da pessoa ser.

2. Tiago Almeida - O que você acha do preconceito racial? Por quê?

Tânia – Eu acho um absurdo, pois todo ser humano é igual, independente de cor e raça.

3. Tiago Almeida – O que é preciso para o preconceito acabar?

Tânia – Aceitarmos as pessoas do jeito que elas são.

4. Tiago Almeida – Qual a atitude que as autoridades devem tomar contra os preconceituosos?

Tânia – As autoridades devem abrir um processo contra danos morais para a pessoa que agir com discriminação.

5. Tiago Almeida – Como você vai agir se sofrer uma discriminação?


Tânia – Eu vou denunciar as autoridades competentes para tomarem as providências cabíveis com relação à pessoa que praticou a discriminação.

6. Tiago Almeida – Que mensagem você daria para as pessoas que discriminam outras pela sua cor?

Tânia – Que todo ser humano é igual independente da cor e da raça e devemos amá-los de forma igual.


*******************************************************************************


Renata Junquilo, engenheira civil, dá sua opinião sobre o tema “Preconceito Racial”.

1. Manuela – Você tem preconceito racial?


Renata – Não, absolutamente, mas infelizmente nem todos pensam assim, dessa maneira.

2. Manuela – Você acha que as pessoas têm que ter esse tipo de preconceito?

Renata - Lógico que não. Somos todos iguais quando se trata de direitos e deveres, porém nos diferenciamos através da aparência e do modo de agir.

3. Manuela – Você acha que o negro no nosso país é discriminado?

Renata – Com certeza, principalmente na nossa Bahia onde a maioria é negra, sem condição social digna, acesso a uma boa educação, saúde, cultura, lazer. Enfim, isso é muito por conta da desigualdade social do nosso país.

4. Manuela – Se você fosse negra, o que você faria para não ser discriminada?

Renata – Primeiro procuraria aproveitar de todas as formas as poucas oportunidades que me fossem oferecidas, segundo me informaria mais sobre a história da minha raça e do meu país e, por último, lutaria de todas as maneiras legais e justas pelos meus direitos na realização dos meus deveres.

5. Manuela – Você já foi discriminada alguma vez?

Renata – Sim. Mas não pelo fato de ser negra, pois possuo a pele clara, mas por ser mulher e engenheira civil. Em uma obra, no começo da minha carreira profissional, pelo encarregado da obra da qual eu era responsável.

6. Manuela – Você acha isso que as pessoas fazem com relação à discriminação dos negros legal?

Renata – Claro que não, além de ser um ato altamente vergonhoso, é também passível de punição perante a justiça, pois discriminação racial é crime.